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pralesnička

Classe: Amphibia – Ordem: Anura – Família: Dendrobatidae 

Ranitomeya toraro

Descrição da espécie: Ranitomeya toraro possui cabeça e corpo pretos com duas listras finas dorsolaterais amarelas que são completas e se estendem das pálpebras até a cloaca. Cabeça: a faixa mediana dorsal se divide e se alarga anterior aos olhos em formato de „U“ virado para baixo na ponta do focinho.  Queixo : cor amarela, possui duas manchas gulares pretas junto com uma mancha no centro, podendo apresentar irregularidade em alguns indivíduos. Porção posterior: faixa mediana dorsal amarelo claro ou azul porém fica amarela na cabeça. Faixa mediana dorsal: se estende da cloaca até o focinho e pode ficar incompleta após a divisão no focinho, e não se conecta com a faixa labial, e há também uma mancha amarela na ponta do focinho. Faixa ventrolateral: azul claro a esverdeado na axila, mas fica amarela na virilha. Ventre e superfícies dorsal e ventral dos membros: pretos com um padrão rede azul vibrante a claro que cria ovais pretos. Possui comprimento-rostro-cloacal (CRC) de 15–17 mm, e as fêmeas são pouco maiores que os machos. 

Ranitomeya toraro

Ranitomeya toraro

História natural: é possível que machos que demonstram cuidado parental com seus filhotes, também sejam territoriais em relação aos locais de girinos. Os machos emitem um chamado, mas características como som,  frequência, pulsação e a duração não foram descritos. O gênero Ranitomeya é conhecido por ser reprodutor de fitotelma.  As fêmeas depositam de um a dois ovos a cerca de 5 a 20 cm acima de corpos d’água em plantas terrestres. Os girinos estão sujeitos à predação por insetos maiores.

Ranitomeya toraro

Ranitomeya toraro

Área de distribuição: encontra-se por toda a Bacia do Rio Amazonas e sudoeste do Brasil. Na Colômbia, pode ser encontrada no sudeste. 

Ameaça: consta como espécie ainda não avaliada pela Lista Vermelha da IUCN. 

Ranitomeya toraro

Curiosidade: algumas tribos indígenas, antes de caçar, costumam pegar suas flechas e passar a ponta delas sobre a pele dessas rãs e, dessa forma, quando a flecha atinge o animal que estão caçando, ele morre não necessariamente pela flechada mas sim pela ação do veneno contido na flecha, é daí que vem seu nome comum, rã-ponta-de-flecha. Outra curiosidade a respeito do veneno dessas rãs tem a ver com a sua síntese. Elas somente conseguem produzir este potente veneno por causa da sua alimentação, pois seu principal alimento, uma espécie de formiga, também da Amazônia, constitui a base alimentar dessas rãs venenosas e o organismo delas acaba “sequestrando” os alcalóides dessa alimentação, produzindo um veneno altamente tóxico. 

Ranitomeya toraro

Ranitomeya toraro

Referências utilizadas: 

https://amphibiaweb.org/species/7732.

JECKEL, Adriana Moriguchi. Eficiência de sequestro e composição de alcalóides em rãs-de-veneno da família Dendrobatidae. 2020. Tese (Doutorado) – Curso de Ciências Biológicas área de Zoologia, Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. 

Ranitomeya toraro

Ranitomeya toraro

Texto por: Carolayne Santino. 

Autores das fotos: Rickelmy Holanda (https://www.inaturalist.org/people/rickelmy_holanda) e Andrae Scholz (https://www.inaturalist.org/people/andraescholz). As fotos foram publicadas com a permissão dos autores.