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čtyřočka brazilská

Syn.: Pleurodema diplolistris (Peters, 1870)

Classe: Amphibia – Ordem: Anura – Família: Leptodactylidae

Pleurodema_diplolister

Pleurodema diplolister“ by Erlem Fonseca is licensed under Creative Commons.

Descrição da espécie: a rã-da-Caatinga possui como características crânio curto, olhos proeminentes e um corpo pequeno e robusto. Nos machos, o comprimento rostro-cloacal (CRC) varia entre 27 a 35 mm. O dorso possui coloração creme com manchas escuras e irregulares, e a glândula inguinal é pouco evidenciada. 

História natural: possui hábitos fossoriais devido ao período em que está em estivação, e a estratégia reprodutiva explosiva está diretamente relacionada à precipitação. Os machos ocupam corpos d’água para formar os chamados “agregados reprodutivos”, e a desova é depositada em ninho de espuma sob a lâmina d’água.  Após as larvas eclodirem, elas desenvolvem-se rapidamente, visto que o desenvolvimento está relacionado com a permanência da água

Área de distribuição: espécie endêmica do Brasil. Localidade-Tipo: Ceará, Nordeste brasileiro. Ocorre principalmente no bioma Caatinga, mas já foi registrada em Goiás, onde o bioma é o Cerrado. 

Ameaça: de acordo com a Lista Vermelha da IUCN, a espécie é classificada como Pouco Preocupante. 

Curiosidade: estivação da rã-da-Caatinga é um tanto curiosa e diferente da maior parte das outras espécies de anuros que fazem estivação. Isso porque, enquanto outras espécies ficam inativas durante todo o tempo por vários meses e precisam formar ao redor de si uma espécie de “casulo” para reter água, a rã-da-Caatinga não fica em inatividade total e pode emergir do solo ao menor sinal de perturbação. Ela fica enterrada por cerca de 10 a 11 meses. 

Durante este período, a estratégia desta rãzinha para encontrar água é movimentar-se cada vez mais para o fundo do solo, e num bioma seco e semiárido como a Caatinga, há uma melhor chance da umidade estar concentrada em pontos mais profundos. Quando enfim chega o período das chuvas, a rã-da-Caatinga emerge do solo para comer, se hidratar e procurar parceiros sexuais nos corpos d’água recém formados pela chuva, reiniciando todo o seu ciclo de vida. 

Referências utilizadas 

https://amphibiaweb.org/cgi/amphib_query?where-genus=Pleurodema&where-species=diplolister&account=mol

PEREIRA, Isabel Cristina. Aspectos Fisiológicos e Ecológicos da Estivação em Pleurodema diplolistris (Leiuperidae/Anura). 2009. 76 f. Tese (Doutorado) – Curso de Ciências Biológicas, Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

SÃO PAULO. REVISTA PESQUISA FAPESP. Na enxurrada seca: sapos da caatinga têm adaptações fisiológicas para sobreviver aos meses sem chuva. Sapos da Caatinga têm adaptações fisiológicas para sobreviver aos meses sem chuva. 2010. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/na-enxurrada-seca/.

VAZ-SILVA, W., MACIEL, N.M., NOMURA, F., MORAIS, A.R., BATISTA, V.G., SANTOS, D.L., ANDRADE, S.P., OLIVEIRA, A.Â.B., BRANDÃO, R.a., BASTOS, R.P. Guia de identificação das espécies de anfíbios (Anura e Gymnophiona) do estado de Goiás e do Distrito Federal, Brasil Central [online]. Curitiba: Sociedade Brasileira de Zoologia, 2020, 223 p. Zoologia: guias e manuais de identificação series. ISBN: 978-65-87590-01-1. https://doi.org/10.7476/9786587590011

Texto por: Carolayne Santino